terça-feira, 19 de junho de 2012

Africa vai atrás de prêmios

 Em dez anos, o Grupo ABC se tornou o 18.º maior conglomerado de comunicação do mundo, com faturamento de R$ 750 milhões, 2,1 mil funcionários e 14 empresas. Para internacionalizar a marca, o grupo investe pesado no Festival Cannes Lions de Criatividade deste ano, que começa no próximo domingo: alugou um hotel para 70 convidados, entre funcionários e clientes, que será rebatizado "ABC", e promoverá uma palestra com Bill Clinton, ex-presidente dos Estados Unidos. A meta é mostrar que o ABC, que cresce 20% ao ano, pode entrar para o "top 10" mundial da publicidade em até quatro anos.
O objetivo, estabelecido por Nizan Guanaes, uma das forças motrizes do grupo, exige a criação de uma grife capaz de atrair clientes de todo o mundo com interesse em investir no Brasil. "Nosso DNA é brasileiro, queremos atrair quem quer crescer aqui", afirma Nizan. O problema é que, por enquanto, tem gringo no samba do grupo. A marca mais conhecida do ABC hoje é a DM9DDB. Eleita quatro vezes como agência do ano em Cannes (a última delas em 2009), a DM9DDB é controlada pela multinacional Omnicom, que tem 60% do capital, e, portanto, fica com a maior parte dos louros conquistados. Por isso, a aposta do mercado é que o conglomerado invista todas as suas forças na "menina dos olhos" de um de seus fundadores: a Africa.

Criada com o "foco no cliente" (tanto que as maiores contas têm uma sala exclusiva na sede a agência), a Africa vai abandonar a filosofia de não se inscrever em prêmios e se renderá ao canto da sereia de Cannes. A partir do ano que vem, a agência passará a inscrever peças no festival. Nizan diz que a iniciativa foi motivada pela mudança de perfil do evento: "O cliente está dando mais valor ao festival. E nós temos de acompanhar."

Para um grupo se vender como força global, é fundamental ter um bom número de Leões de Ouro para exibir. "Ficar fora de Cannes é como trabalhar com automóveis e ignorar os salões de Detroit ou de Genebra", diz o executivo de um grupo rival.
 
A transição entre ignorar a premiação e a meta de ser um dos grandes vencedores exige uma estratégia bem urdida. E Nizan tem consciência disso. Embora o discurso oficial seja a comemoração dos dez anos do grupo, o ABC está indo a Cannes pavimentar terreno para o próximo ano. "A ideia provavelmente era inscrever trabalhos este ano", explica um ex-colega do publicitário. "Mas ele preferiu fazer um 'amistoso', construir relacionamento e se preparar para, em 2013, levar vários Leões e o título de agência do ano."
 
Notícia datada em 11 de junho de 2012.
Postagem por Dagmar Barros 

ÁFRICA: A NOVA FRONTEIRA DA CHINA


Em 2007, visitei a Libéria pela primeira vez. O país ainda se reconstruía. Mas uma informação confesso que me marcou. O governo local receberia a visita de George W. Bush e, para garantir que ele chegasse à Monrovia, decidiram construir às pressas uma estrada entre o aeroporto e a cidade. Tinham um só problema: o prazo para a obra era curtíssimo. Encontraram apenas um candidato disposto a completar a estrada no tempo estipulado: a China.
Hoje, na OMC em Genebra, a China passou por sua sabatina sobre sua política comercial. 1730 perguntas lançadas contra os chineses por todo o mundo. Críticas e mais críticas.
Mas uma informação me chamou a atenção. Pequim anunciou que, até 2015, enviaria aos paises mais pobres 3 mil agrônomos e técnicos para ajudar na produção. Para a China, uma gota d´água em termos de sua população. Mas, diplomaticamente, um verdadeiro ato de política externa, capaz de trazer para sua órbita vários governos em diversas regiões, além de impôr seus métodos de produção e sua cultura.
Não anunciaram o envio de tanques, nem de alimentos despejados a partir de helicópteros a famintos. Anunciaram o envio de 3 mil profissionais para ajudar a África a produzir.
Do Sudão à Libéria, doações chinesas fazem parte já do cenário. Dezenas de “pontes da amizade” foram construídas pelos chineses pela África nos últimos anos. Cerca de 30 estádios de futebol também entraram nas “doações”.

Mas Pequim não esconde que seu avanço não irá parar. A suposta solidariedade vem repleta de interesses comerciais. Desde 2009, a China já é o maior parceiro comercial da África, suplantando os americanos e europeus. O “safari chinês” também garantiu o abastecimento de energia e minérios.
Mas essa presença também tende a moldar o cenário político e até no comportamento de muitos. Em Abuja, o melhor restaurante da cidade é um chinês. Trabalhadores chineses já começaram a se casar com mulheres africanas, ainda que poucos sejam aqueles que tenham a coragem de leva-las de volta para a China. Um recente artigo do New York Times revelou como a censura contra a imprensa na África tem ganhado novos contornos, justamente como influência chinesa.
O primeiro desembarque chines na África ocorreu há 600 anos, quando o almirante Zheng He chegou às contas do Quênia, muito antes que os portugueses. No início do século XX, 60 mil chineses chegaram à África do Sul para trabalhar nas minas de ouro. Hoje, a estima é de que 1 milhão de chineses estão vivendo na África. E não sairão tão cedo. Pelo menos enquanto houver petróleo e minérios.


Postagem por Dagmar Barros

Comércio na África

O Conselho de Ministro da Câmara de Comércio Exterior (Camex), em reunião realizada nesta terça-feira (11), autorizou o ministério das Relações Exteriores (MRE) a iniciar a fase de consultas formais à África do Sul sobre as medidas antidumping provisórias aplicadas às exportações brasileiras de aves inteiras (com alíquota de 62,93%), cortes desossados da empresa Aurora (alíquota de 6,26%) e cortes desossados de outros exportadores (alíquota de 46,59%.

"A autorização da Camex, que representa o início de um contencioso na Organização Mundial do Comércio (OMC), atende à solicitação da União Brasileira de Avicultores (Ubabef), que estima um prejuízo de US$ 70 milhões anuais em razão da medida adotada pela África do Sul contra a exportação de frango brasileiro", diz a nota.


A investigação feita pela Comissão de Comércio Internacional da África do Sul (Itac), relativa à alegação de dumping de frangos inteiros e cortes desossados de frango (congelados, originários ou importados do Brasil) teve início em junho do ano passado.


Em fevereiro deste ano, a Itac expediu determinação preliminar pela qual alegou a existência de dumping, causando dano à indústria brasileira.


Carne suína


A Camex autorizou também o ministério das Relações Exteriores a realizar consultas informais à África do Sul sobre a suspensão da importação de carne suína do Brasil, compra que havia sido suspensa em 2005.


A Associação Brasileira da Indústria Produtora e Exportadora de Carne Suína (Abipecs) solicitou ao ministério a abertura de um painel na Organização Mundial do Comércio (OMC) para analisar o assunto.


Caso as consultas informais sejam consideradas insatisfatórias, a Camex poderá autorizar o início das consultas formais, dando início ao contencioso.


Notícia datada em 12 de junho de 2012 - Redação (www.ultimoinstante.com.br) 

Postagem por Dagmar Barros

África na moda


 A África está em pauta na passarela do verão 2013. De olho no continente como a nova Ásia e um futuro mercado consumidor, a moda reforça a pegada étnica. O Japão também inspirou a estação no desfile da Triton. Foi também um dia de moda e música com Boy George entrando em cena no desfile feminino de Alexandre Herchcovitch e Paula Lima cantando em Fause Haten. Na Tufi Duek, de Eduardo Pombal, as flores surgiram inspirando construções leves em assimetrias e camadas. Atenção aos pontos altos:

Animal Prints: estão aí de novo mas dessa vez super sutis como mostrou a Animale, sugerindo zebrados e outros bichos entre transparências.


Boy George: uma androginia colorida e inspirada no vocalista do Culture Club propõe, na coleção feminina de Alexandre Herchcovitch, cores fortes e primárias como o amarelo, o rosa e o vermelho na contramão das candy colors (os pastéis clarinhos). Feminilidade irreverente em peças mais soltas libertando o corpo dos justos.


Peças chaves: as calças estão mais justas em contraponto com a modelagem mais ampla e esculpida das camisas de Herchcovitch. As saias estão bem curtas e soltas. Na triton fizeram contraponto com paletós mais amplos e de modelagem quadrada.


Japonismo: surgiu nas estampas da Triton lembrando origamis.


Beleza: cabelos encaracolados em alta ou curtos e retos chegando a ser andróginos trabalhados em topetes.

Por Heloisa Marra, notícia publicada em terça, 12/06/12.
Postagem por Dagmar Barros

terça-feira, 12 de junho de 2012

Sudão do Sul se torna o mais novo país do mundo





Brasília 08/jul/2011 - O Sudão do Sul se tornou oficialmente o mais novo país do mundo, ao oficializar sua independência do restante do Sudão.
Nas ruas da capital do país, Juba, centenas de pessoas comemoraram a mudança logo após o horário oficial da separação do Norte.
Segundo o enviado da BBC a Juba Will Ross, às vésperas do nascimento do país as rádios tocaram sem parar o hino nacional sul-sudanês, composto por estudantes locais.
O país nasce a partir de um acordo de paz firmado em 2005, após 12 anos de uma guerra civil que deixou 1,5 milhão de mortos. Em janeiro, 99% dos eleitores do Sudão do Sul votaram a favor da separação da região, predominantemente cristã e animista, em relação ao norte, governado a partir de Cartum, onde a população é em sua maioria muçulmana e de origem árabe.
Hoje, o governo do presidente sudanês, Omar Bashir, reconheceu formalmente a independência da parte Sul de seu país. Ele estará em Juba, amanhã (9) para a festa, assim como o secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU), Ban Ki-moon, que será recepcionado pelo presidente interino do Sudão do Sul, Salva Kiir Mayardit.
Apesar de ter grandes reservas de petróleo, o Sudão do Sul nasce como um dos países mais pobres do mundo, com a maior taxa de mortalidade materna, a maioria das crianças fora da escola e um índice de analfabetismo que chega em 84% entre as mulheres.
Embora não haja estatísticas oficiais, a ONU estima que a população do país varie entre 7,5 milhões e 9,5 milhões. O Sudão do Sul também nasce sendo um dos maiores do Continente Africano, superando as áreas de Quênia, Uganda e Ruanda somadas.
Após comemorar a independência, o Sudão do Sul terá de resolver a questão da fonteira com o Norte. A independência está sendo celebrada sem que as fronteiras entre o Sul e o Norte já estejam completamente definidas. Um foco de tensão é o debate sobre quem ficará a região de Abyei, rica em petróleo.
Em maio, forças do Sudão do Norte entraram em Abyei. Os conflitos forçaram 170 mil pessoas a deixarem suas casas, para fugir da violência.
O acordo de 2005 previa um referendo para os moradores da área decidirem se ficariam com o Norte ou o Sul, mas por causa da tensão a votação ainda não ocorreu.
Antecipando-se a uma eventual retomada da guerra civil, o Conselho de Segurança da ONU aprovou, também em maio, o envio de uma missão de paz com 7 mil militares para a área, a maioria da Etiópia.
A separação também acendeu os ânimos na região de Kordofan do Sul, que está sob controle do governo de Cartum.
Povoada por minorias étnicas sem ligação com a população árabe do Norte, a região quer se juntar ao novo país. Confrontos na região já provocaram o deslocamento de 60 mil moradores.

Pesquisado por: Simone Ike, matéria da BBC Brasil

domingo, 10 de junho de 2012

CURIOSIDADE: Monte Kilimanjaro – Tanzânia


O monte Kilimanjaro, que significa montanha branca, está localizado no norte da Tanzânia, junto à fronteira com o Quênia, e é o ponto mais alto de África, com uma altitude de 5.891,8 m. 




Este antigo vulcão, com o topo coberto de neve, ergue-se no meio de uma planície de savana, oferecendo um espectáculo único. 


O monte e as florestas circundantes, com uma área de 75.353 ha, possuem uma fauna rica, incluindo muitas espécies ameaçadas de extinção e constituem um parque nacional que foi inscrito pela UNESCO, como Património da Humanidade. 


O complexo do monte Kilimanjaro com as suas florestas, tinha sido considerado uma reserva de caça pelo governo colonial alemão nos princípios do século XX, mas foi considerado uma reserva florestal em 1921, até que, em 1973, foi declarado como Parque Nacional. 


Por se encontrar na margem oriental do sul da África, o monte Kijimanjaro, que mostra ter tido grande atividade vulcânica está acompanhado por três outros cones vulcânicos. 


O mais antigo, Shira, a oeste, com uma altitude de 4.500 m, Mawenzi a leste, com uma altitude de 5.149 m e, entre eles, Kibo, que é o mais recente e mostra ainda sinais de atividade, na forma de fumarolas. 


O degelo das geleiras (glaciares) no topo do Kilimanjaro é uma realidade. Estimadas em cerca 12 km² de extensão em 1900, recobrem hoje somente 2 km². 


A ascensão é tecnicamente fácil, mas longa e penosa pelo frio e pela altitude. A via mais frequentada é a via Marangu. As outras vias praticadas são as vias Machame, Mweka e Shira. 

Aproximadamente 20.000 pessoas tentam todos os anos alcançar o topo. Este número é controlado pelas autoridades da Tanzânia. 



Fonte: Blog lugares fantásticos

Conheça o Rio Nilo

Para saber mais, viste esse link: RIO NILO
Super interessante! 

Conheça o Saara




Os desertos são regiões hiperáridas, áridas e semiáridas, apresentam índices pluviométricos baixíssimos: menos de 100 mm de chuva anual nas porções hiperáridas, menos de 250 mm nas partes áridas e oscilam entre 250 mm e 500 mm nas regiões semiáridas. Em virtude dessas condições físicas, os desertos são locais de difícil adaptação humana e de outros seres vivos. 

Localizado no continente africano, o deserto do Saara é o maior e mais famoso do mundo, sua extensão territorial é de aproximadamente 9 milhões de quilômetros quadrados, sendo maior que a área do Brasil. Está presente em mais de dez países: Argélia, Chade, Egito, Líbia, Mali, Marrocos, Mauritânia, Níger, Tunísia e Sudão. Estende-se ainda pela Etiópia, por Djibuti e pela Somália, onde recebe denominações locais. O deserto do Saara consiste em um divisor natural do continente africano: ao norte do Saara está a África Mediterrânea, ao sul, localiza-se a África Subsaariana. 

Apresenta uma zona de alta pressão atmosférica e baixos níveis de umidade. Seu clima é um dos mais áridos do mundo (hiperárido). As temperaturas são elevadas, podendo atingir mais de 50 °C durante o dia. No entanto, possui grande amplitude térmica, e as temperaturas durante a noite caem drasticamente, ficando na marca de 0 °C. As chuvas são quase nulas, acontecem muito raramente, geralmente torrenciais após longos períodos secos. A paisagem vegetal está ausente na maior parte desse domínio, presente apenas em áreas de oásis. 

Mesmo apresentando todas essas características adversas à sobrevivência, o Saara é habitado. Destacam-se os tuaregues (povos nômades) e os beduinos (povos que praticam o comércio ambulante). No deserto do Saara, os oásis são os locais mais procurados para a fixação humana, pois apresentam afloramento de lençóis freáticos na superfície, proporcionando o surgimento de vegetação. 

O deserto do Saara ganhou grande importância econômica após a descoberta de poços de petróleo. No entanto, para que o óleo seja extraído, são necessários elevados investimentos em infraestrutura, tornando a atividade não muito rentável.

Por Wagner de Cerqueira e Francisco - Graduado em Geografia, Equipe Brasil Escola
Pesquisa de: Simone Ike

Já nevou no deserto do Saara?



Já, sim! O fenômeno só rolou uma única vez, mas foi uma nevasca bem no coração do deserto. Tudo ocorreu em 18 de fevereiro de 1979, no sul da Argélia. Existem poucos relatos científicos sobre o fato, mas é provável que a nevasca tenha acontecido durante a noite, quando a temperatura no deserto pode cair abaixo de 0 ºC. A tempestade de neve durou apenas meia hora e não deixou vestígios, pois a neve derreteu em poucas horas. Os cientistas arriscam que a principal explicação para a nevasca no Saara é a baixíssima umidade do local. Isso ocorre porque as montanhas do Atlas, ao norte do Saara, "emparedam" o deserto, impedindo a entrada de ar úmido. Passam apenas algumas massas de ar seco, que em condições raras podem fazer chover - ou, em condições ainda mais raras, fazer nevar. "Com baixa umidade, a água que cai das nuvens tende a passar direto do vapor para o estado sólido porque a temperatura da superfície das gotículas diminui, formando cristais de neve. É a mesma coisa que acontece quando saímos de uma piscina num dia com ar seco: sentimos frio porque a superfície das gotículas de água esfria", afirma o pesquisador Andrew Heymsfield, da Corporação Universitária para a Pesquisa Atmosférica dos Estados Unidos. Só que não adiantaria nada ter ar seco e uma temperatura superquente - nesse caso, os cristais de gelo derreteriam. Por isso que a tempestade deve ter rolado à noite - o fato é que, para rolar uma nevasca, a temperatura não precisa estar abaixo de zero. "Existem muitos registros de neve a até 12 ºC, e o Saara pode perfeitamente ter atingido essa temperatura durante a noite", diz Andrew. Se a neve é um fenômeno raro em desertos quentes, não é tão difícil de acontecer nos desertos frios. Um exemplo é o deserto de Atacama, no Chile, que tem uma camada de neve que nunca chega a derreter em suas partes mais altas.

Fonte: CURIOSIDADES - REVISTA MUNDO ESTRANHO, por Viviane Palladino.

Viajando aos Extremos - Mali: Deserto do Saara

Regiões da África: a África Branca (ou Setentrional)



Essa forma de regionalizar o Continente Africano leva em consideração os aspectos étnicos e culturais. A África Branca, que também pode ser chamada de Setentrional (norte) ou Saariana possui povos de origem caucasóide e de origem árabe. O Islamismo predomina nessa região que representa em torno de 30% da população africana.
Nos aspectos naturais o deserto do Saara domina a maior parte da África do Norte, o que de certa forma contribui para dificultar a agricultara na região. Sendo esta praticada em alguns oásis, no vale do rio Nilo e no Magreb. O subsolo possui importantes recursos enegéticos, com destaque para o petróleo.
O padrão de vida é considerado baixo, mas superiores aos do restante da África. A economia se baseia principalmente na exploração mineral, no turismo, na agricultura comercial irrigada e na agricultura mediterrânea, no Magreb, onde se pratica uma policultura juntamente com criação intensiva de ovelhas.
Apesar de haver variação em determinadas fontes (notem o mapa) os países da África Branca, são os seguintes:
  • Mauritânia;
  • Marrocos;
  • Saara Ocidental;
  • Argélia;
  • Líbia;
  • Tunísia;
  • Egito;
  • Sudão;
  • Etiópia.
Referência:
VESENTINI, José William; VLACH, Vânia. Geografia Crítica. São Paulo: Ática, 2002.

Pesquisa por: Simone Ike

Regiões da África: o Magreb




Existem várias possibilidades de dividir e subdividir o Continente Africano. Uma divisão muito usada e que tem por base os fatores étnicos culturais é a divisão em África do Norte (ou Branca) e África Subsaariana (ou Negra). A África do Norte suporta algumas subdivisões, dentre elas, o Magreb.
O Magreb localiza-se na porção oeste do norte do continente, a palavra significa "onde o Sol se põe" é formada por Marrocos, Argélia, Tunísia Saara Ocidental e Mauritânia. Podendo se expandir até a Líbia, no chamado grande Magreb.
O cordilheira do Atlas dá características fisiográficas que diferenciam essa região do restante da África do Norte. Os ventos do Atlântico ao encontrarem a cordilheira provoca uma precipitação regular, tornando o clima mediterrâneo na porção norte. Na faixa litorânea, entre a cordilheira do Atlas, o mar Mediterrâneo e o oceano Atlântico, estão as principais cidades da região e ali se realizam a maioria das práticas agrícolas, com destaque para cultivo das oliveiras e das videiras.
A região foi ocupada por vários povos desde a antiguidade; cartagineses, romanos, vândalos, bérberes e europeus modernos estão entre eles. O domínio dos povos árabes, que se miscigenaram com os bérberes, dão traços culturas islâmicos para a região.
O Magreb possui um forte comércio com a Europa. Em torno de 48 bilhões de dólares é a quantia de exportações para a Europa Ocidental, cifra bem menor para a América do norte, 10 bilhões, as exportações para os Estados do Golfo são de 5 bilhões enquanto para as demais regiões as exportações giram em torno de 1 bilhão de dólares.


Referências:
VESENTINI, José William; VLACH, Vânia. Geografia Crítica. São Paulo: Ática, 2002.
São Paulo (Estado) Secretaria de Educação. Caderno do professor: geografia, ensino médio, 3ª série, vol. 3. Maria Inês Fini [et al]. São Paulo: SEE, 2009.

Pesquisa por: Simone Ike

Ruanda: mulheres no poder


Ao considerar os melhores exemplos da presença feminina no mundo político, pensa-se automaticamente nos países escandinavos. Entretanto, o país que encabeça a lista com maior representação feminina no parlamento se encontra no coração da África: Ruanda. 

Localizada em uma das regiões mais conflituosas da África, Ruanda é um pequeno país de terras férteis, com uma das densidades populacionais mais altas do mundo: aproximadamente 400 habitantes por quilômetro quadrado. 

O país é um dos líderes em um fenômeno global que está repercutindo também na África: o fortalecimento da posição da mulher - um processo que na África foi realizado com surpreendente rapidez. Em duas décadas, a representação parlamentar das mulheres no continente cresceu de 6%, em 1988, a 18% atualmente. 

No caso de Ruanda, esta cifra é recorde, com 56% de participação feminina no parlamento. A Suécia é o segundo país, com 47% de parlamentares mulheres. No Brasil, a participação feminina no Congresso Nacional não passa de 9%. 

Em Ruanda, também são vários os ministérios encabeçados por mulheres, entre eles o de Relações Exteriores e o do Comércio. 

Cotas de representação 
Um fator decisivo para este desenvolvimento foi o estabelecimento de cotas de representação. Três países africanos estipularam uma cota mínima de 30%: Ruanda, Tanzânia e Uganda. Os dois últimos têm sistemas eleitorais por maioria, e a única forma de garantir a representação feminina foi reservando a cota. Ruanda, entretanto, combina a reserva de assentos parlamentares com um sistema proporcional de representação. 

Com este sistema, gera-se uma base política para que as mulheres possam fazer a diferença na realidade do país. Em uma sociedade patriarcal como a ruandesa, a forte presença feminina atual tem um impacto decisivo em questões de propriedade, herança e violência sexual. Mas as rápidas mudanças para uma igualdade de gêneros geraram muita resistência entre os homens, e um dos efeitos secundários foi o aumento da violência doméstica. 

Passado sangrento 
Entretanto, um ponto decisivo na evolução da posição das mulheres em Ruanda foi marcado pelo sangrento passado do país. Ruanda foi em 1994 cenário de um genocídio de proporções apocalípticas, no qual mais de um milhão de pessoas foram massacradas. O país ficou completamente em ruínas. 

Muitos homens ruandeses foram assassinados, aprisionados ou fugiram para o exterior. O Fundo de Desenvolvimento das Nações Unidas para a Mulher, Unifem, compara a situação em que se encontrava Ruanda logo após o genocídio com a da Europa após o final da Segunda Guerra Mundial. 
Neste momento, não houve opção. As mulheres tiveram que assumir as responsabilidades dos homens desaparecidos, ocupando cargos no governo de transição que seguiu ao genocídio. 

Sua voz se fez ouvir e os resultados foram sem dúvida positivos. Os números não mentem: a participação parlamentar das ruandesas praticamente se duplicou em relação aos 30% estipulados pela legislação, alcançando assim um recorde histórico na história das democracias. 



Pesquisa por: Cris

sábado, 9 de junho de 2012

Emancipação feminina na África: “Viemos de longe”



Gerntholz, advogada e especialista na área de direitos da mulher na África, tem toda confiança na enorme resiliência dos movimentos femininos. Ela também está convencida de que os problemas das mulheres na África não são isolados. “Elas estão diante dos mesmos desafios que as mulheres no resto do mundo. Mas os problemas na África são mais pronunciados porque os direitos humanos e a pobreza se cruzam. É provável que seja o continente mais pobre e as mulheres lá são desproporcionalmente afetadas.” 

Propriedade 

Há muitas razões por trás desta distribuição desigual, acredita Gerntholz. Ela aponta, por exemplo, a discriminação no direito à propriedade e as consequências da Aids: 

“Em muitos países africanos as mulheres não têm direito à propriedade. Também não podem herdar uma propriedade. Em países como Quênia, Zimbábue, Zâmbia, Botswana, Lesoto, Maláui, Namíbia e África do Sul, onde os índices de HIV e Aids são altos, os homens com frequência morrem antes das mulheres. Isso significa que as mulheres muitas vezes são expropriadas quando seu marido morre. A família do marido toma posse das terras e bens. A mulher e seus filhos ficam desamparados. Ela não tem futuro porque não consegue um empréstimo nem pode comprar terras. Encontrar um emprego também é problemático.” 

Em vários países no sul e leste da África, a posição legal da mulher em relação à propriedade foi melhorada, comenta Gerntholz. Mas infelizmente nem sempre é verificado se as leis são cumpridas na prática. 

Educação 
A desigualdade econômica também é grande. “Independência econômica para as mulheres é um dos principais objetivos a conquistar. É um clichê dizer que um país não é capaz de superar a pobreza se metade da população for mantida inativa.” Se as mulheres tiverem acesso a educação e trabalho, sua independência econômica é viável. 

E a África está fazendo progressos substanciais justamente na área de educação: cada vez mais meninas frequentam a escola. Mas a qualidade da educação com frequência ainda deixa a desejar e as meninas, em geral, não têm acesso à escola secundária. “Elas deixam a escola porque se casam ou ficam grávidas, ou porque espera-se que elas cuidem da casa. Meninas também são mantidas em casa por motivos financeiros: os pais não podem pagar a escola.” 

Apesar disso, a educação está se desenvolvendo de maneira positiva. Mas além disso as mulheres também têm que aprender habilidades com as quais possam entrar no mercado de trabalho. E isso, segundo Gerntholz, ainda acontece muito pouco. 

Subordinadas 
Em resumo, o grande problema é que as mulheres africanas ainda não são vistas como iguais. Elas permanecem subordinadas aos homens. Um exemplo é o combate à mortalidade materna. Liesl Gerntholz: “Sabemos há muito tempo o que é necessário fazer para diminuir significativamente a mortalidade materna. Não são intervenções caras, que países pobres não possam pagar. Falta simplesmente vontade política. Trata-se, afinal, ‘apenas’ de mulheres grávidas que morrem. Isso mostra bem o valor da mulher para a sociedade como um todo.” 

Mulheres líderes 
Por outro lado, a África tem tradição de mulheres fortes. “O trabalho de ativistas femininas dá cada vez mais frutos. Veja a nova promotora do Tribunal Penal Internacional, que é uma gambiana. Maláui e Libéria têm mulheres na presidência. Ruanda é o país com o maior número de mulheres parlamentares. Todas estas mudanças vêm em grande parte de fortes movimentos femininos que estimulam este progresso.” 



Pesquisa por: Cris Pesquisa: Fonte

África: dimensão, economia e indústria

Segundo continente do mundo pela dimensão 
Estende-se por 8 050 km pelo norte ao Sul, da sua ponta setentrional, o cabo Branco (em Tunísia), à sua extremidade austral, o cabo das Agulhas (em África do Sul); a sua amplitude máxima é cerca de 7 560 km de oeste é, da sua ponta ocidental, o Cabo Verde (ao Senegal), à sua extremidade oriental, Ras Hafoun (em Somália). O continente africano culmina ao monte Kilimandjaro (5 895 m de altitude ao monte Kibo), na Tanzânia; região mais baixa é a depressão salgada do lago Assal (153 m debaixo do nível do mar), sobre o território do Jibuti. O comprimento total das costas (30 490 km) é inferior, comparado à superfície, à dos outros continentes. A costa africana é inospitaleira sobre a vertente Atlântica devido à uma forte barra e a escassez das incisuras, exceto à embocadura dos rios e no golfo da Guiné, onde uma corda litoral isola frequentemente calmas lagoas ao bordo das quais vive uma população numerosa. A costa oriental, mais acolhedora, é varrida pelos ventos de monção que favorecem a navegação no Oceano Índico. 

Economia
O continente africano apresenta uma economia primária de exportação, por influência do colonizador europeu. Interessava aos colonizadores europeus transformar a África em um continente fornecedor de matérias-primas e fontes de energia para abastecer o mercado europeu. Toda a infraestrutura de produção e transportes no continente foi criada para atender a esse objetivo. Assim, notamos que as rodovias e ferrovias concentram-se junto ao litoral ligando áreas produtoras com portos exportadores. A rede de transportes da África é precária e as ligações interiores são quase inexistentes. Somente África do Sul apresenta uma rede de transportes melhor estruturada. A maioria dos rios não é navegável por longas extensões devido ao relevo planáltico. 

 Indústria
 O setor industrial é muito limitado. Faltam capitais, tecnologia, mão de obra especializada, uma melhor rede de transportes e mercado consumidor pois o nível de renda da população é muito baixo. A maior parte dos países africanos é dependente da importação de produtos industrializados. Na maioria dos casos de industrialização ainda em estágio inicial, são encontrados setores industriais muito simples como o têxtil, produtos comestíveis, produtos de borracha, objetos de madeira, beneficiamento agrícola e aquela que está ligada ao setor de mineração. 

A influência africana
A cultura africana é extremamente diversificada e suas características retratam tanto a história do povo quanto a de seu continente. Isso acontece porque os habitantes da África evoluíram em um ambiente cheio de contrastes e com várias dimensões. Culturalmente eles diferem muito entre si, falam um vasto número de línguas, praticam diferentes religiões, vivem em habitações diversificadas e se envolvem em inúmeras atividades econômicas.
No Brasil, a cultura africana chegou através do tráfico negreiro que trouxe para o País povos da África na condição de escravos. Da mesma forma que os indígenas, os africanos tiveram sua cultura repreendida pelos colonizadores. Mesmo assim foram eles que ajudaram a dar origem às religiões afro-brasileiras, e trouxeram muitos de seus costumes para a dança, música, culinária e idioma. 

Texto por: Vera Padô



quinta-feira, 7 de junho de 2012

Top 10: Filmes sobre a África

Em primeiro lugar, bom feriado aos nossos leitores! E pra aproveitar esses dias que ficamos em casa só curtindo, uma sessão com 10 filmes sobre  a África para vocês conhecerem mais sobre esse lugar enquanto estão longe da escola. 
Aproveitem! 




1) Hotel Ruanda-Hotel Rwanda,(EUAItália / África do Sul) 2004







Um gerente de Hotel de luxo em Ruanda, durante o conflito ente tutsis e hutus, consegue salvar milhares de vidas, permitindo que as pessoas fiquem no hotel. Baseado numa história verídica.

 2) O Senhor das Armas-Lord of Technorati (Marcas:,,,,,, - War (EUA)  2005)

Traficante de armas, sem o menor escrúpulo, fornece armamentos para milícias africanas, contribuindo para guerras civis e violência.

3) O Jardineiro Fiel -The Constant Gardener (EUA) 2005




4)Diamante de Sangue -Blood Diamond (EUA)  2006


Homem tem seu filho seqüestrado pela milícia para ser treinado para matar e vai em busca dele. O filme mostra o tráfico de diamantes em Serra Leoa e as conseqüências dele.
5) Crianças Invisíveis – All the Invisible Children (Itália)  2005
Documentário que mostra a situação de crianças em vários países, inclusive no Brasil. São mostradas as crianças na África que sofrem seqüestro e lavagem cerebral para se tornarem assassinos para as milícias.
6) Amor sem Fronteiras – Beyond Borders( EUA)  2003

 Mulher da alta sociedade conhece um médico idealista e se apaixona por ele. O primeiro acampamento mostrado fica na África. O filme mostra os próprios africanos que roubam doações de alimentos e remédios dos civis para alimentar as milícias.
 7) Um Herói do Nosso Tempo- Va, Vis et Deviens (França / Bélgica / Israel / Itália) 2005

Menino negro se passa por judeu para ser levado a Israel e ter condições de sobreviver. Na época, o país estava resgatando os judeus negros da em situação de miséria. Mesmo entre os judeus, existe o preconceito pelo fato dele ser negro.
8) O último Rei da Escócia -  The Last King of Scotland(Inglaterra)2006

Jovem escocês recém formado em Medicina decide partir numa aventura e  trabalhar em Uganda. Acaba conhecendo por acaso o ditador Ide Amim, que acaba simpatizando com ele. O jovem passa a freqüentar festas e a alta sociedade e não faz idéia do que é capaz o ditador.Baseado numa história real.
9) Infância Roubada – Tsotsi(África do Sul / Inglaterra)2005

Jovem rouba carro e só depois percebe que tem um bebê dentro. Ele leva a criança para uma moça que ele mal conhecer cuidar e começa a se apegar a criança.

10) Um Grito de Liberdade – Cry Freedom( Inglaterra) 2007

Filme sobre o apartheid na África do Sul, mostra a amizade entre um líder negro Stephen Biko e um jornalista branco. Baseado em uma história real.

Esses são alguns dos filmes que abordam as temáticas africanas, embora existam outros bons também. Pretendo fazer uma segunda parte deste post, com os filmes que faltaram aqui. Acabei lembrando de diversos filmes.
Esses filmes podem ser utilizados por educadores nas escolas para ilustrar os diversos temas que abordam.

Fonte: Cinemanet